“A principal finalidade do ensino é modificar o comportamento do aluno em determinadas direcções estabelecidas pela escola e pelo professor.”
Proença (1989: 144)
Fonte: Adaptado a partir de Proença (1989:175)
Os programas oficiais das disciplinas
são os documentos que definem as capacidades dos alunos que devem ser
desenvolvidas no âmbito de cada disciplina bem como as metas curriculares por
eles a atingir. É em torno destes documentos que gira uma grande parte do
processo de ensino e aprendizagem e é com base nestes que o professor elabora
um instrumento fundamental ao exercício da profissão de professor: a planificação.
A planificação é um instrumento dinâmico, pois para que
possa cumprir o seu objetivo, deve ser flexível e entendida pelo professor e
pela escola como um instrumento orientador, facilitador da aprendizagem. Por
conseguinte, a planificação deverá combinar em si diferentes fatores: o dever
de cumprir o programa e metas curriculares da disciplina, as características
sociodemográficas e económicas dos alunos, as infraestruturas e os materiais
disponíveis na escola e o contexto escolar e comunitário (Proença, 1989). Uma
planificação que articule as competências do professor com as competências a
desenvolver nos alunos, os conteúdos programáticos e as metas curriculares a
atingir é uma planificação que promove uma gestão adequada do processo de
ensino e aprendizagem.
Para que o professor possa organizar o
processo de ensino e aprendizagem no sentido de efetivamente “modificar o
comportamento do aluno nas direcções estabelecidas pela escola e pelo professor”
(Proença 1989:144) é importante que tenha uma visão tridimensional do ensino comtemplando conjuntamente o “esquema conceptual; capacidades a desenvolver; os grandes
problemas sociais em torno dos quais se irá desenvolver a aprendizagem”
(Proença 1989:174). Não quer isto dizer que cada uma destas dimensões tenha o
mesmo peso relativo, pelo contrário. Cabe ao professor hierarquizar as
necessidades educativas dos seus alunos segundo esta visão globalizada do
ensino e agir em concordância.
Referência bibliográfica:
Proença,
C. (1989). Didáctica da História.
Lisboa: Universidade Aberta.
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