sexta-feira, 17 de junho de 2016

Planificar para modificar comportamentos







“A principal finalidade do ensino é modificar o comportamento do aluno em determinadas direcções estabelecidas pela escola e pelo professor.”
                     Proença (1989: 144)










Fonte: Adaptado a partir de Proença (1989:175)

 

Os programas oficiais das disciplinas são os documentos que definem as capacidades dos alunos que devem ser desenvolvidas no âmbito de cada disciplina bem como as metas curriculares por eles a atingir. É em torno destes documentos que gira uma grande parte do processo de ensino e aprendizagem e é com base nestes que o professor elabora um instrumento fundamental ao exercício da profissão de professor: a planificação.

A planificação é um instrumento dinâmico, pois para que possa cumprir o seu objetivo, deve ser flexível e entendida pelo professor e pela escola como um instrumento orientador, facilitador da aprendizagem. Por conseguinte, a planificação deverá combinar em si diferentes fatores: o dever de cumprir o programa e metas curriculares da disciplina, as características sociodemográficas e económicas dos alunos, as infraestruturas e os materiais disponíveis na escola e o contexto escolar e comunitário (Proença, 1989). Uma planificação que articule as competências do professor com as competências a desenvolver nos alunos, os conteúdos programáticos e as metas curriculares a atingir é uma planificação que promove uma gestão adequada do processo de ensino e aprendizagem.

Para que o professor possa organizar o processo de ensino e aprendizagem no sentido de efetivamente “modificar o comportamento do aluno nas direcções estabelecidas pela escola e pelo professor” (Proença 1989:144) é importante que tenha uma visão tridimensional do ensino comtemplando conjuntamente o “esquema conceptual; capacidades a desenvolver; os grandes problemas sociais em torno dos quais se irá desenvolver a aprendizagem” (Proença 1989:174). Não quer isto dizer que cada uma destas dimensões tenha o mesmo peso relativo, pelo contrário. Cabe ao professor hierarquizar as necessidades educativas dos seus alunos segundo esta visão globalizada do ensino e agir em concordância.

Referência bibliográfica:

Proença, C. (1989). Didáctica da História. Lisboa: Universidade Aberta.

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