sábado, 18 de junho de 2016

A Escola na Diversidade – respostas atuais



A diversidade social vivida em sala de aula é fruto dos naturais processos de migração. Esta pode e deve significar riqueza cultural, abrindo horizontes a mentalidades, hábitos e histórias que até então nos eram desconhecidas.

Todavia, este percurso de inclusão nem sempre é linear, e esta aceitação daquilo que nos é novo, pode causar a estranheza e conduzir à violência, muitas vezes como forma de expressão de autodefesa.

No propósito de minimizar comportamentos que à nossa realidade nos parecem desviantes, o sistema de ensino português organizou dois métodos facilitadores: as escolas TEIP (Territórios Educativos de Intervenção Prioritária) e os GAAF (Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família). Nestes espaços o professor coabita com técnicos de intervenção social, cujo o principal objetivo é compreender, incluir e principalmente motivar os alunos - provenientes de culturas onde a escola muitas vezes não é a prioridade -  a encarar a escola como um espaço de aprendizagem e de aculturação.

Aqui, a escola não é exclusiva do professor e do aluno. Aqui, a escola é um espaço de pura integração e inclusão. O professor tem a sua natural responsabilidade como agente social de integrar e incluir, mas aqui dadas as realidades muitas vezes extremas pelas suas dificuldades no espaço envolvente, o professor é apoiado com outros profissionais mais dedicados ao serviço social: não se trata só do aluno como individuo, é muitas vezes necessário trabalhar com a família, quando esta está presente.
A realidade é que nem todos os professores se sentem preparados para enfrentar estas realidades. Outros há que pura e simplesmente não querem viver ou trabalhar nestes espaços onde os desafios muitas vezes estão fora da sala de aula: estão nos corredores, nos intervalos, à porta da escola, onde os episódios de violência são por vezes mais frequentes do que se desejaria.

Os problemas são diários e variados, todavia a solução está num único ponto: no aluno. É por ele que os agentes educativos existem, e é por ele que todos os profissionais devem trabalhar, incluindo as suas famílias e respeitando as suas diferenças culturais.



Sem comentários:

Enviar um comentário