A
imagem proporciona a visualização e a construção mental consciente do que é por
si representado, desta forma constitui, por si, um recurso elementar no
processo de ensino-aprendizagem, tanto de História e Geografia de Portugal como
de Português. Assim, dever-se-á extrair o proveito máximo da mensagem icónica,
ou seja, das imagens, que podem ser em desenho, em fotografia, em pintura, em
escultura ou em vídeo/filme. Uma vez “usada
convenientemente, a imagem permite a abordagem de conteúdos de forma apelativa,
estimulando a cooperação, possibilitando assim uma melhor compreensão,
facilitando a aquisição de conhecimentos.” (Lencastre & Chaves, 2003)
Contudo,
ler e analisar imagens não é uma atividade simples, como criteriosamente um
professor sabe e reconhece. Portanto, passa pelo docente elaborar estratégias
de forma a fazer “chegar” aos alunos os melhores e sapientes resultados do uso
e da observação das imagens. O professor deve selecionar a imagem de acordo com
os objetivos da sua disciplina e conteúdo a lecionar e em consonância com a
faixa etária e o nível de ensino dos alunos. Relembre-se Lencastre & Chaves
(2003), pois “é importante … que no
ensino pela imagem esta deverá ser associada ao que o aluno já conhece no
momento da aquisição, ou seja, para que uma informação ganhe sentido e possa
ser factor de aprendizagem deve integrar-se no que o aluno já sabe sobre o
assunto. Só assim é reconhecido o papel da imagem no ato ensino/aprendizagem.”
O
recurso à imagem (fixa ou fílmica), em contexto escolar, proporciona a
aquisição de competências, fomentando o diálogo, a colaboração, o pensamento
crítico, a reflexão e a construção do conceito de estética. Mais, sem dúvida, acrescente-se
que este recurso permite, por parte do professor, reinventar as suas práticas
pedagógicas.
Lencastre, J. A., & Chaves, J. H. (2003). Ensinar
pela imagem. Revista Galego-Portuguesa de Psicopedagoxía e Educación. N 8
(Vol. 10) Ano 7, pp. 2100-2105.
Sem comentários:
Enviar um comentário